“Preciso encarar o que eu poderia ter sido para poder compreender e aceitar quem eu sou.” Essa frase da escritora irlandesa Cecilia Ahern fala sobre autoaceitação relacionando presente e passado e, quando falamos de um idoso que não consegue mais cuidar de si plenamente, esse “encarar o que podia ter sido” e o “aceitar quem eu sou” pode ser um processo extremamente difícil e doloroso. Em muitos casos o idoso não aceita ajuda
Esse processo de aceitação é tão difícil que muitos idosos entram em estado de negação e não aceitam a ajuda de um cuidador, ainda que precisem dela, ou se negam a uma mudança para uma casa de repouso, mesmo estes estabelecimentos oferecendo melhores condições e qualidade de vida.
A negação é compreensível, visto que estes idosos tiveram vida ativa por muito tempo e aceitar novas limitações trazidas pela idade ou enfermidade pode ser bastante desafiador.
Coloque-se no lugar do ente querido: identifique as suas necessidades, entenda seus limites, verifique sua abertura para uma mudança (que pode ser a chegada de um cuidador de idosos em casa ou mudança para um lar de idosos). Respeite seus limites e deixe claro que a opinião do idoso será respeitada sempre.
Busque o convencimento e jamais a imposição. Convença o ente querido com os melhores argumentos possíveis, mostre os ganhos em comodidade, saúde e segurança que um cuidador especialista pode trazer.
É possível, por exemplo, apresentar histórias de outros idosos onde a presença do cuidador foi positiva, gerando empatia (melhor ainda se estas histórias forem de pessoas próximas).
O processo de aceitação muitas vezes ocorre de forma gradual, numa sucessão de pequenas concessões por parte do ente querido.
Ainda que o idoso já aceite ajuda de um cuidador, dificilmente ele aceitará todas as condições de forma integral e imediata. Esteja preparado para negociar constantemente.
A Morada Primavera oferece o serviço de creche para idosos em São Paulo, nele, os idosos passam parte do dia hospedados conosco e voltam para casa ao final do dia, trazendo ao ente querido um cuidado especializado sem tirá-lo de seu ambiente doméstico, o que pode ser uma opção viável para o idoso em estado de negação.
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